Ética em campanha...
No discurso de todos os candidatos presidenciais tem estado ausente a palavra "sacrifício". Todos se têm apresentado como aqueles que vêm para ajudar, motivar, dialogar com tudo e com todos para tirar o país da situação em que está. Serão assim tão bons os tempos que aí vêm?
Já as legislativas haviam ficado marcadas pela falta de frontalidade dos candidatos: Santana apregoava a retoma e Sócrates propunha empregos, planos tecnológicos e afins. Na verdade, todos nós sabíamos que Sócrates após a vitória iria aumentar os impostos, iria ter de tomar medidas difíceis que iriam fazer congelar os aumentos, que o desemprego iria inevitavelmente aumentar, fruto da conjuntura económica. Mas foram os portugueses verdadeiramente enganados como se diz por aí? Votaram num Governo de esquerda e saiu-lhes um de direita?
A questão é a seguinte: até que ponto é possível mentir numa campanha eleitoral? Até que ponto o candidato consegue discernir que embora dizendo X, os eleitores sabem que ele terá primeiro de fazer Y. E até que ponto os eleitores são verdadeiramente enganados pela campanha Z?
O que teria acontecido ao PS se Sócrates durante a campanha tivesse dito que o desemprego iria aumentar, que não haveria grandes aumentos, que gastaríamos milhões, biliões em obras públicas. Teriam votado nele? E poderemos chamar de mentira, ou o so-called "populismo", às promessas de campanha? Seremos todos assim tão ingénuos?
Última questão: teremos medo da verdade? Só pode. Pois quer candidatos, quer eleitores sabem os tempos que atravessamos, a conjuntura existente e continuamos todos a assobiar para o lado e a brincar às promessas eleitorais... Se há alguém que tem sido enganado é a classe política que por estas e por outras vê, a cada dia que passa, a sua imagem cada vez mais negra!
Já as legislativas haviam ficado marcadas pela falta de frontalidade dos candidatos: Santana apregoava a retoma e Sócrates propunha empregos, planos tecnológicos e afins. Na verdade, todos nós sabíamos que Sócrates após a vitória iria aumentar os impostos, iria ter de tomar medidas difíceis que iriam fazer congelar os aumentos, que o desemprego iria inevitavelmente aumentar, fruto da conjuntura económica. Mas foram os portugueses verdadeiramente enganados como se diz por aí? Votaram num Governo de esquerda e saiu-lhes um de direita?
A questão é a seguinte: até que ponto é possível mentir numa campanha eleitoral? Até que ponto o candidato consegue discernir que embora dizendo X, os eleitores sabem que ele terá primeiro de fazer Y. E até que ponto os eleitores são verdadeiramente enganados pela campanha Z?
O que teria acontecido ao PS se Sócrates durante a campanha tivesse dito que o desemprego iria aumentar, que não haveria grandes aumentos, que gastaríamos milhões, biliões em obras públicas. Teriam votado nele? E poderemos chamar de mentira, ou o so-called "populismo", às promessas de campanha? Seremos todos assim tão ingénuos?
Última questão: teremos medo da verdade? Só pode. Pois quer candidatos, quer eleitores sabem os tempos que atravessamos, a conjuntura existente e continuamos todos a assobiar para o lado e a brincar às promessas eleitorais... Se há alguém que tem sido enganado é a classe política que por estas e por outras vê, a cada dia que passa, a sua imagem cada vez mais negra!
1 Comments:
sobre esta questão aconselho os leitores a acompanharem o debate no t04.blogspot.com!
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Anónimo, at 11:49 da manhã
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